Somos uma empresa de propriedade compartilhada loucos por Cubs e suas derivações
(Cubalikes). A empresa nasceu de uma ideia simples: tornar a aviação de
desporto mais acessível e desburocratizada nesse segmento de aeronaves.
Após a construção de nossa réplica de PA-18, houve a constatação: manter uma aeronave por hobby é muito caro, o que torna inevitáveis os questionamentos sobre custo-benefício e o real usufruto pelo capital investido.
Então por que não agrupar alguns sócios e rachar as despesas? Parece simples no começo, mas depois de uma pesquisa extensa coletando experiências no Brasil e fora do país ficou fácil entender porque esse não é o modelo ideal.
Salvo exceções, uma sociedade tipo “aperto de mão” carece de uma organização formal mínima que preserve tanto os interesses individuais como coletivos. Além de gerar conflitos, principalmente pela utilização, aportes para manutenção, operação de aeronave, limpeza, etc., é comum a frustração e o rompimento de antigas amizades.
Da mesma forma, modelos de compartilhamento utilizados na aviação executiva também não se adequam a aviação recreativa. A relação bilateral empresa-cliente é essencialmente comercial em cada um dos processos, o que vai de encontro ao uso desportivo e ao sentido de comunidade aeronáutica.
Nosso sistema é diferente, pois reúne duas entidades distintas com um objetivo comum. De um lado uma empresa, com responsabilidade contratual de cuidar das aeronaves e dos ativos do Clube e pela qual recebe uma taxa de administração. Do outro, o Clube de Voo propriamente dito, com Estatuto Social e Regimento Interno próprios que definem claramente os direitos e deveres dos associados. Com razão social e estrutura financeira separadas, esse modelo garante que os recursos dos associados sejam destinados exclusivamente às aeronaves e à atividade de voo.
Administramos o Clube de Voo Magnólia Cubs
Viabilizamos o compartilhamento de aeronaves subutilizadas.
Criação de sistemas de compartilhamento na aviação experimental e geral customizados às suas necessidades.
Uma das vantagens do nosso sistema é a separação das atividades administrativas e operacionais no sistema de compartilhamento. Sendo uma entidade distinta, a Magnólia Cubs Propriedade Compartilhada tem a responsabilidade contratual de prover o suporte operacional às aeronaves, escala de voo e a viabilização de novos projetos do Clube.
Se você não consegue voar o quanto gostaria de voar e se questiona sobre a real necessidade de manter sua aeronave, talvez seja a hora de pensar em disponibilizá-la ao compartilhamento e não abandonar esse sonho que foi construir ou adquirir seu avião.
Se você já tem uma aeronave em sociedade, ou pensa em adquirir uma aeronave com outros proprietários, definir regras claras de forma a evitar surpresas e desentendimentos é primordial. Somente através de uma base normativa customizada às suas necessidades é que você poderá extrair a eficiência que essa modalidade de aquisição tem a oferecer.
Essas aeronaves surpreendem por combinar um design comprovado com uma aerodinâmica de ponta e impressionam pela robustez, performance, espaço e carga útil. Provemos todo o suporte em aquisição e suporte técnico-operacional ao construtor amador. Conheça a linha Bearhawk e fale conosco.
Linha Bearhawk
O que estou comprando?
Você está comprando um Título de Propriedade de uma aeronave. Esse título lhe dá o direito a utilizar a aeronave de acordo com o plano de utilização escolhido, que pode ser de 24, 36 ou 48 horas de voo por ano. O título é referenciado a 1/16 (um dezesseis avos) do valor de mercado da aeronave escolhida e este é o seu ativo, ou seja, a sua parcela do patrimônio constituído do Clube. Ao adquirir o título, você pagará uma mensalidade que incluirá:
- Hangaragem
- Manutenção periódica de acordo com o cronograma de manutenção da aeronave
- Revisões gerais de célula, overhaul de motor e hélice
- Consumíveis (óleo de motor, pastilhas de freio, pneus, fluídos, velas e filtros)
- Renovações de licenças e certificados (RIAM, Dentel, Fistel, CMA e CME)
- Seguro RETA 1, 2, 3 e 4
- Serviços: limpeza da aeronave, escala de voo e suporte em emergências
O compartilhamento compensa?
Varia de pessoa para pessoa. O compartilhamento não é para todos e em especial para os que exigem a disponibilidade de aeronave em 100% do tempo. No entanto, ao analisar as peculiaridades da aviação de desporto, entendemos que boa parte da frustração que leva um proprietário a vender sua aeronave ou nunca adquirir uma, vem da percepção de pouco benefício pelo capital investido. Investir, sozinho, os recursos necessários para comprar um avião significa diminuir a liquidez de uma parte importante de seu patrimônio, que poderia inclusive financiar o seu hobby, se bem aplicado. Adicionalmente, sabemos que os gastos não se resumem em hangaragem e combustível e, não pensar no aporte, por hora de voo, de recursos para revisões complexas como overall e célula, por exemplo, é empurrar o problema para a frente. No nosso entender, o compartilhamento executado da maneira correta permite:
- Acessibilidade a bons equipamentos a um custo acessível
- Maior poder de investimento em manutenção, melhorias e atualizações nas aeronaves
- Menor valor imobilizado, mantendo a liquidez de seu patrimônio
- Possibilidade de voar mais aeronaves por uma fração do preço de apenas uma
- Possibilidade de viabilizar novos projetos coletivamente, que seriam difíceis de se realizar individualmente
- Gerenciamento profissional, valorizando o usufruto da aeronave e diminuindo atividades não inerentes ao voo.
Qual é o meu patrimônio?
O seu patrimônio é o seu Título de Propriedade. Ele é referenciado a 1/16 avos do valor de mercado da (s) aeronave (s) escolhida (s).
Como sei quanto o um título vale?
A cada ano, uma avaliação dos ativos do Clube é feita e os valores dos títulos são atualizados e disponibilizados no portal Clube.
Há depreciação do valor do título?
Sim, porém diferentemente da depreciação de uma aeronave particular, o título poderá depreciar por questões de mercado e não necessariamente por uso da aeronave. Lembre-se, ao efetuar os pagamentos da contribuição associativa mensal, os recursos para a manutenção preventiva, overhaul do grupo motopropulsor e revisões de célula já estão sendo depositados em uma conta da associação específica para aquela aeronave, o que garante a atualização da aeronave.
Posso vender meu título a terceiros?
Sim. Para ofertá-lo, a seguinte ordem de prioridade deve ser seguida:
- Magnólia Cubs Propriedade Compartilhada;
- Demais associados titulares em outras aeronaves do Clube;
- Terceiros.
Existe algum período de carência para que eu possa vender meu título?
Não.
Posso vender meu título por qualquer valor?
Não. Um sócio não pode vender o título abaixo ou acima do valor estipulado na última avaliação anual e deve oferta-lo de acordo com as regras de prioridade constantes no regimento interno.
Qual é o número máximo de sócios por aeronave?
São no máximo 16 sócios por aeronave, sendo que um desses sócios é a empresa gestora Magnólia Cubs Propriedade Compartilhada. Ao manter a empresa gestora com no mínimo 1/16 avos da aeronave, garantimos uma maior estabilidade ao sistema de compartilhamento.
O que acontece quando outras aeronaves são introduzidas no Clube?
Novas aeronaves serão introduzidas de acordo com a necessidade operacional e/ou chegada de novos sócios. O valor dos títulos será referenciado a 1/16 avos do valor de mercado da nova aeronave.
Posso ter mais de uma aeronave em meu título?
Sim. O Título Flexível permite que sócios agreguem outra (s) aeronaves ao seu título. Ao adquirir o título de propriedade em uma outra aeronave, seu título será atualizado e a nova aeronave será incluída no mesmo.
Como fica a contribuição associativa no Título Flexível?
A contribuição associativa será cobrada tendo a aeronave com custo operacional mais alto como referência. No entanto, ao voar a aeronave com custo mais baixo um fator de correção é aplicado e créditos são adicionados ao seu saldo de horas anual. Ao utilizar esse método, não há prejuízo financeiro ao associado e este consegue muitas vezes dimensionar a aeronave para o tipo de missão apropriado.
A aeronave será registrada no RAB (Registro Aeronáutico Brasileira) em meu nome?
Não. As aeronaves serão registradas em nome da associação Clube de Voo Magnólia Cubs, CNPJ 33.762.439/0001-00. O seu título é a sua parte do patrimônio constituído do Clube.
Por que não registrar as cotas no RAB em nome dos associados individualmente?
São diversas as razões que nos levaram a optar pelo Título de Propriedade ao invés do registro individual no RAB:
- Proteção aos demais associados em caso de eventuais penhoras ou litígios que venham a recair sobre um ou mais associados;
- Maior facilidade nos processos de demissão de um associado e reembolso do mesmo;
- Menor custo da burocracia envolvida em comparação com os processos de transferência de propriedade das aeronaves no RAB;
- Maior facilidade e menor custo na transferência de títulos de aeronaves diferentes entre associados;
- Maior facilidade e menor custo na modificação do título um associado para a incluir outras aeronaves que chegam ao Clube;
Onde encontro a descrição de meus direitos e deveres?
Os direitos e deveres de cada sócio estão estipulados no Contrato para Uso Compartilhado, Termo de Adesão, no Estatuto e no Regimento Interno do Clube.
Nunca voei convencional. Como faço?
Em primeiro lugar esqueça o pano preto. Voar uma aeronave convencional é uma das maiores realizações técnicas de um piloto e você consegue, acredite. Temos um programa de adaptação e de reciclagem que deve ser realizado para que o associado fique solo em sua aeronave. Esse programa é ministrado por pilotos com experiência de instrução nesses aviões. Porém, não somos uma escola de pilotagem e se você precisar de mais treinamento em um aeroclube que opere convencionais, o (a) indicaremos.
Já voei convencional, mas estou enferrujado (a). Como faço?
Temos um programa de adaptação e de reciclagem em convencionais que deve ser realizado para que o associado fique solo em sua aeronave. O Clube não cobra do associado por essa reciclagem ou adaptação. Voaremos contigo até que você se sinta tranquilo (a) e você utilizará sua cota de horas para isso.
Qual a qualificação mínima exigida?
Você precisa de pelo menos uma licença de Piloto de Recreio (PR) para voar as aeronaves PU; de Piloto Privado (PP) para voar as aeronaves experimentais e dos certificados médicos aplicáveis.
Quanto tempo posso ficar sem voar?
Dentro de 90 dias, pelo menos 3 pousos e 3 decolagens devem ser feitas na sua aeronave. Se esse tempo expirou faremos sua readaptação sem custo e utilizando a sua cota de horas.
Importante: não se limite a regra acima. Se você não se sentir seguro, mesmo que os 90 dias ainda não tenham passado, sempre haverá um membro do Clube disponível para acompanhá-lo em um voo de adaptação.
Como funciona a escala de voo?
Utilizamos o sistema AgendaAí, o qual permite que cada sócio escale seu próprio voo pela Internet.
Como funciona o controle de horas de voo?
Suas horas de voo e seu saldo anual estão disponíveis no portal do associado do nosso site.
Posso voar mais do que quantidade de horas prevista no meu plano de utilização?
Sim. Você pagará somente as horas adicionais. A hora adicional é a Hora de Custo Operacional acrescida em 20%.
Posso viajar com a aeronave? Por quantos dias?
Sim. No mínimo* uma vez ao ano, cada sócio tem direito de permanecer 6 noites consecutivas fora de base, devendo retornar até o horário oficial do pôr do sol no sétimo dia.
* Um período maior poderá ser disponibilizado mediante uma análise da utilização da aeronave por todo o grupo. Períodos maiores para cada aeronave serão definidos em ATA e informados aos titulares da respectiva aeronave.
Como ficam os conflitos de escala?
Como em qualquer compartilhamento, bom senso, respeito ao próximo e companheirismo são essenciais para bom funcionamento do sistema. Caso um conflito não possa ser resolvido entre os sócios, a Diretoria fará a mediação analisando o perfil de utilização dos envolvidos e definirá a prioridade de uso ao associado em desvantagem.
Como é feita a comunicação entre pilotos no que se refere à escala de voo?
A visualização da escala de voo, juntamente com contato direto através dos grupos de WhatsApp de cada aeronave, são os métodos mais eficazes de comunicação entre pilotos.
O que é e como funciona o período como Piloto Líder?
Em sistema de rodízio, cada sócio receberá o título de Piloto Líder por uma semana (00:00 H de Segunda até 23:59 H de Domingo). Neste período ele/ela terá a prioridade de escolha de horários sobre os outros sócios.
O que acontece quando uma aeronave é parada para manutenção justamente em meu período como Piloto Líder?
Seu período será remanejado e publicado em escala.
Posso trocar minha semana de Piloto Líder com um colega?
Sim. Apenas avise a escala para atualização.
Qual a obrigatoriedade para se reservar um horário em escala?
O uso do sistema de escala de voos é sempre recomendado. No entanto, a reserva é obrigatória apenas para os pernoites e voos internacionais. Os períodos de manutenção também serão reservados em escala e informados ao grupo.
Aeronaves experimentais são seguras?
Entendemos que uma das vantagens do compartilhamento é nos permitir um cuidado e um investimento maior na aquisição de componentes e na manutenção periódica. Portanto, o nosso lema quando se trata do cuidado com nossas aeronaves é o seguinte:De qualquer maneira, vale lembrar da inscrição obrigatória que deve estar visível aos pilotos e ocupantes em qualquer aeronave experimental: “ESTA AERONAVE NÃO SATISFAZ AOS REQUISITOS DE AERONAVEGABILIDADE. VOO POR CONTA E RISCO PRÓPRIOS, SENDO PROIBIDA A SUA EXPLORAÇÃO COMERCIAL”.
- O programa de manutenção, seus intervalos e inspeções obrigatórias é o mesmo usado para a versão certificada das aeronaves, e seus componentes;
- Os mecânicos são profissionais experientes e qualificados para cada tarefa;
- Exceto modificações estéticas, todas as alterações afetando estrutura, grupo moto propulsor, combustível, controles de voo, trem de pouso, e balanceamento da aeronave seguirão estritamente os Supplemental Type Certificates (STC) aprovados para a aeronave homologado em qual a réplica foi baseada;
As aeronaves tem seguro de casco?
Não, apenas os seguros RETA 1,2,3 e 4 são contratados. A razão é que a grande maioria das aeronaves experimentais não permite seguro de casco, ou quando permitem, o custo é proibitivo. Uma análise sobre o valor do seguro, valor empregado no título e o emprego de medidas de redução de risco, como treinamento, periodicidade mínima de voo e manutenção de qualidade, por exemplo, no momento favorecem a não contratação do seguro de casco, mesmo que isso fosse possível.
Como fica a atribuição de responsabilidade em caso de incidente ou acidente?
É a mesma da propriedade individual. Uma vez nos controles ou em posse da aeronave, a responsabilidade sobre danos a aeronave ou a terceiros não cobertos pelas garantias RETA 1,2,3 e 4 é do associado. Essa é uma norma contratual que está alinhada com a futura inclusão de bens móveis na Lei de Multipropriedade (13.777/2018) e na futura inclusão da SUBPARTE K – Operações de Aeronaves de Propriedade Compartilhada no RBAC 91.
Assumimos o compromisso de prover o melhor suporte operacional possível aos associados do Clube, priorizando a segurança de voo e a atenção a legislação vigente de forma a tornar o compartilhamento uma forma segura, acessível e prazerosa de aquisição de uma aeronave.